domingo, 14 de março de 2010

Dentro ou fora? (parte 2)

É difícil delimitar os espaços, uma vez que há grande interrelações entre eles. Porém, pode-se dizer que os epitélios delimitam os espaços internos e externos ao corpo.

Assim, atravessando a pele ou uma mucosa, uma partícula estaria transferindo-se do meio externo ao meio interno, ou vice-versa.

As bactérias estão frequentemente sobre nossas superfícies. Estão sobre os epitélios. Sobre a pele. Sobre as mucosas.

As bactérias formam, nestas superfícies, colônias - os biofilmes.

Ocasionalmente, uma bactéria pode atravessar a barreira epitelial e alcançar nosso MEIO INTERNO - translocação bacteriana. A partir daí pode inclusive se espalhar (difundir) - disseminação METASTÁTICA.

Isto resulta em resposta imune inflamatória. Não desconsiderando que mesmo na superfície epitelial já se monte uma resposta imuneinflamatória, mas secundária a passagem de antígenos ou de fagocitose da bactéria por células apresentadoras de antígenos.

Nesta lógica, poderíamos identificar a luz dos tratos GASTROINTESTINAL, URINÁRIO e RESPIRATÓRIO, por exemplo, como meios externos ao organismo.

Assim, uma bactéria no intestino não estaria dentro mas fora do organismo.
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Uma situação interessante é a que ocorre nos cistos verdadeiros, em que o material no interior do cisto está delimitado, separado do interstício. Há um epitélio de delimitação do cisto. OU SEJA, o interior do cisto é compatível com um meio externo ao organismo.
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Agora, ampliando o raciocínio para o nível celular. Podemos verificar a situação das mitocôndrias.
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Estariam elas dentro ou fora da célula?
;-)

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