
A hipertensão arterial pulmonar, um problema que se instala lentamente e começa a se manifestar a partir dos 40 anos de idade na forma de cansaço extremo e falta de ar ao realizar esforços físicos moderados, como andar rápido alguns quarteirões, e nos estágios mais avançados impede a realização de atividades corriqueiras como caminhar do quarto até a sala, escovar os dentes ou pentear os cabelos. Essa forma de hipertensão atinge uma população jovem, em idade produtiva, e pode gerar impacto importante do ponto de vista social, econômico e de qualidade de vida para os portadores da doença e seus familiares.
Nas pessoas com hipertensão pulmonar a pressão média no interior das artérias que transporta sangue rico em gás carbônico para os pulmões geralmente é superior a 25mmHg e pode atingir valores superiores a 100mmHg, enquanto o normal é 15mmHg. Essa pressão elevada é sinal de que o coração enfrenta mais resistência para levar o sangue até os pulmões, onde é oxigenado. O esforço extra faz o músculo cardíaco crescer e o coração aumentar de tamanho até se tornar incapaz de continuar a bater. Se não for tratada, pode matar metade dos portadores do problema em 2,5 anos.
Ainda não se sabe ao certo como a esquistossomose leva ao espessamento dos vasos sanguíneos pulmonares. Em todo os casos o tratamento consiste em controlar o problema e impedir seu avanço, já que ainda não há cura para a hipertensão arterial pulmonar. Os remédios mais adotados são os compostos que promovem o relaxamento dos vasos sanguíneos e diminuem a remodelação vascular, como os prostanóides, os antagonistas dos receptores de endotelina e os inibidores da enzima fosfodiesterase - deste último grupo, o mais usado é o sildenafil, o Viagra, usado para tratar impotência sexual masculina. O uso de desses medicamentos tem permitido aumentar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
FONTE: Revista FAPESP on line. (resumo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário