segunda-feira, 3 de maio de 2010

miRNA e câncer - uma rede com rebeldes


Os microRNAs formam redes de trabalho nas células. Cada tipo de célula possui uma rede peculiar. Mas quando se verifica a teia formada pelos miRNAs em células em neoplasias malignas, observa-se a rebelião de alguns miRNAs que passam a trabalhar sozinhos.

Assim, mais que uma superexpressão ou perda de um gene, deve-se observar a presença destes grupos.

FONTE:
Ohio State University Medical Center (2010, May 2). Cancer cells show rewired, fragmented microRNA networks. ScienceDaily. Retrieved May 3, 2010, from http://www.sciencedaily.com­ /releases/2010/05/100503111828.htm

sábado, 1 de maio de 2010

Homem barbeiro

O BRASIL JÁ HAVIA MOSTRADO QUE O DNA DO Tripanosoma cruzi ERA ASSIMILADO

O Trypanosoma cruzi, protozoário causador da Doença de Chagas, é capaz de transferir parte de seu DNA para o organismo infectado. A descoberta desse fenômeno deve-se ao trabalho da equipe do professor Antonio Teixeira, do Laboratório Multidisciplinar de Doença de Chagas da UnB. A pesquis foi publicada pela revista Cell.

A hipótese de transferência lateral de DNA demorou para ser aceita entre a comunidade científica. Havia casos em que o paciente morria em decorrência dos sintomas da doença, como inchaço no coração, porém os médicos não encontravam traços do protozoário na área atingida. "Não havia proximidade física entre as lesões e os ninhos do parasita. Aquilo ficou tão marcado que pensamos que a doença era autoimune. Células do sistema imune destruindo fibras cardíacas", contou o professor.

Instigado com essa questão, Teixeira formulou a hipótese de transferência genética entre parasita e hospedeiro. O mistério foi desvendado quando os pesquisadores da UnB encontraram o cinetoplasto característico do Trypanosoma cruzi dentro do DNA de organismos infectados pelo protozoário. Nadjar Nitz, uma das pesquisadoras da equipe, elaborou uma técnica inovadora para localizar a presença do cinetoplasto no genoma. É uma alternativa inédita, simples e barata, desenvolvida a partir do aperfeiçoamento da técnica de PCR, que se baseia na reprodução de uma grande quantidade de genes.

Dessa forma, a equipe procurou esses traços genéticos do Trypanosoma cruzi em coelhos infectados pelo parasita e em seus filhos. O estudo comprovou a presença do cinetoplasto do protozoário nos filhotes. Ou seja, o protozoário transferiu parte de seu DNA ao organismo hospedeiro, e esses genes foram tranferidos aos descendentes, ainda que nunca tenham tido contato com o parasita. A pesquisa agora vai buscar novas formas de tratamento para a doença.

Fonte:
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3230